THAIS YOGA: Caminho de Santiago: 12 brasileiros e Jesus!!!

Acordamos cedo, mas sem pressa, e saímos pra caminhar. Resolvemos diminuir um pouco o ritmo diário de caminhada.

Andamos um bom tempo até conseguir sair de Leon… apreciando a cidade e tirando fotos!!!

Ah, esqueci de contar!

Quando eu e Wagner nos separamos no Caminho, ele comprou os sticks de caminhada e achou muito bom. Quando nos reencontramos, ele sugeriu que eu fizesse o mesmo e quem sabe os sticks ajudariam a amenizar minhas dores. Então em Leon, resolvi compra-los.

No Brasil, minha amiga Helena já havia me sugerido o uso destes, e inclusive me emprestado dois, mas eu não os levei a Espanha.

Em primeiro lugar porque eu não queria despachar minha mochila, e se os levasse teria que despacha-la. Em segundo, porque não achei que fosse tão necessário.

Mas confesso que eles fazem TODA DIFERENÇA no Caminho. Por que mesmo eu não arrumei estes bastões de caminhada no começo do Caminho???

Teimosia, orgulho, … whatever… que bom que teimosia e orgulho tem limite!!! rsrsrs

Caminhei parte deste dia, ouvindo mantras no celular… e foi legal também!

Já que flexibilizei em relação ao uso dos sticks, resolvi flexibilizar também em relação a ouvir música no Caminho… Nem lá, nem cá, …, equilíbrio é a resposta!!!

Por que será que somos tão rígidos as vezes e nem percebemos???

Neste dia, enquanto caminhávamos vi uma barraca que vendia melão e resolvemos comprar um para comer ali mesmo. Os melões na Espanha são muito saborosos!!!

O dono da barraca, super querido, foi até a casa dele pegar uma faca para cortar o melão para gente. Conversamos muito com ele enquanto comíamos e na hora de pagar pela fruta, ele não aceitou o dinheiro. Pediu apenas que quando chegássemos em Santiago fizéssemos uma oração por Pilar, sua esposa, que estava muito doente…

Parei algumas vezes no Caminho, para cuidar das bolhas que ora saravam, ora apareciam de novo. Em relação as bolhas, foi assim, até o final do Caminho, saravam e depois reapareciam, sempre nos mesmos lugares. Mas chega um momento em que a gente começa a se acostumar com elas…

Neste décimo oitavo dia, completamos 26,5Km de caminhada, de Leon a San Martin del Camino, um pequeno vilarejo no meio do nada, onde nos alojamos no albergue municipal (bem simples).

A dor na parte anterior da perna direita, bem na canela, persistia, mas começava mesmo a incomodar depois de 20km caminhados…

Chegando em San Martin, tomei um merecido banho, lavei minhas roupas e estendi minha canga no gramado embaixo de um arvore atrás do albergue para alongar e meditar um pouco…

Neste albergue não serviam refeição, mas descobrimos que em outro albergue, próximo dali, era possível comer se agendássemos com antecedência o jantar.

Fomos até o tal albergue e que surpresa encontrar e reencontrar tantos brasileiros por lá! Mauricio e David (Paraná), Cristina (Sampa), Inácio e Célia (Sampa), Elias e Sérgio (Rio de Janeiro), Ulisses (Curitiba), Gustavo (Recife) e Andrea (BH).

Combinamos de nos encontrar mais tarde, para jantar juntos talvez: 12 brasileiros (os 10 mencionados acima, e eu e Wagner) e também Jesus, um espanhol muito especial!

Jesus vinha caminhando já com Gustavo (Recife) e Arunas (São Paulo) há alguns dias, e depois passou a nos acompanhar tb (ou nós que passamos a acompanha-lo!). Este encontro com Jesus e com os brasileiros foi um presente do Caminho!!!

Jesus e os 12 brasileiros!!! rsrs No mínimo, interessante… Alegre