21 de abril de 2012

Clarice…

“Então era isso felicidade. (...) De início se sentiu vazia. Depois os olhos ficaram úmidos: era felicidade (...). E o que é que eu faço? Que faço da felicidade? Que faço dessa paz estranha e aguda, que já está começando a me doer como uma angústia, como um grande silêncio? A quem dou minha felicidade, que já está começando a me rasgar um pouco e me assusta?... Ah, milhares de pessoas não têm coragem de pelo menos prolongar-se um pouco mais nessa coisa desconhecida que é sentir-se feliz (...)"

(Clarice Lispector)

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